Vários países estão implementando padrões de eficiência energética de combustíveis cada vez mais rigorosas, mas nenhum se parece ao vermos como a China está aplicando estas metas em todo o seu território. Depois de tomar conhecimento e entender que multas ao estilo americano parecem ser demasiado brandas, o país que é hoje o maior mercado de carros novos do mundo vai “punir” as montadoras que não cumprirem com as próximas regras de consumo de combustível.
China vai interferir e restringir a produção e divulgar publicamente o nome das montadoras que não conseguirem cumprir as metas de economia de combustível para 2015, segundo a reportagem da Reuters. Os padrões de eficiência de combustível estão mais rigorosos e exigem das montadoras metas de consumo da ordem de 15 quilometros por litro para o ano de 2015, e de 21 quilometros por litro em 2017. As montadoras que não conseguirem cumprir essas metas terão seus nomes divulgados, e não será permitida a produção de novos modelos na China até que se atenda aos novos padrões de eficiência de combustível na linha já no mercado. O governo também irá rejeitar quaisquer planos de expansão dessas empresas, já que estarão sujeitas a aprovação oficial, conforme legislação chinesa.
As autoridades chinesas esperam que estas medidas punitivas assegurem o cumprimento e encorajem os fabricantes de automóveis a construirem modelos cada vez mais eficientes, mesmo que tenha de alterar a fonte de energia, seja com combustível, híbridos ou adotando a elétricidade. A China estabeleceu uma meta de colocar meio milhão de “veículos de energia nova” – incluindo bateria-elétrico, híbrido plug-in, e os carros com células de combustível de hidrogênio – em suas estradas em 2015 e 5.000.000 em 2020.
Embora ainda não tenha havido muito progresso nessa frente, espera-se que a maioria dos fabricantes de automóveis consigam cumprir esta exigência em 2015. Ainda assim, de 85 montadoras pesquisadas no ano passado, cerca de 30 por cento não conseguiram cumprir a meta de 2013. Os infratores foram fabricantes principalmente do mercado interno chines, mas também haviam 13 marcas estrangeiras que não atingiram as metas, incluindo General Motors, Hyundai, Nissan e Porsche. As punições só se aplicam às montadoras que não podem cumprir as normas de 2015 e 2020, porém, vai ser interessante ver se esta ameaça gere algum efeito sobre a alta produção automotiva chinesa. Esta é a mais recente tentativa do órgão de controle chines para reduzir as emissões e melhorar a qualidade do ar.